O plástico, por estar presente em diversos produtos que usamos em nosso dia a dia, pode ser considerado um dos grandes vilões quando falamos em descarte incorreto de materiais. Ao invés de ser encaminhado à reciclagem, grande parte do material é enviado a aterros sanitários, indo parar também nos oceanos, causando danos severos ao meio ambiente.
Com o decorrer dos anos, os pedaços de plástico se fragmentam nos oceanos e, ao serem confundidos com alimentos, prejudicam a vida de todos os tipos de animais, desde seres microscópios até grandes peixes e aves. Para se ter ideia da gravidade do problema, segundo informações divulgadas no Fórum Econômico Mundial de Davos, em janeiro deste ano, em 2050, é possível que os oceanos tenham mais resíduos de plásticos do que peixes.
Sabendo disto e pensando em uma forma de fazer a diferença, a start up ByFusion criou um tijolo ecológico desenvolvido a partir de todos os tipos de plásticos retirados dos oceanos. Uma máquina modular comprime os plásticos em blocos duráveis que, a princípio, foram configurados no formato de um bloco de cimento comum. Porém, segundo os fabricantes, o tijolo ecológico, que foi batizado de Replast, pode ser customizado em diferentes formas e densidades.
O Replast não precisa de colas ou adesivos, possui elevado isolamento térmico e acústico e, segundo a ByFusion, sua fabricação emite 95% menos gases de efeito estufa (GHG) em comparação com um bloco de concreto. A máquina que produz os tijolos pode ser transportada em contêineres para qualquer lugar do planeta, o que facilita sua distribuição.
O tijolo ecológico vem sendo usado na construção de muros e barreiras de estradas, mas a empresa já está trabalhando para que o Replast possa ser usado na construção de casas e edifícios.